8.7.07

Roda

Entregue à dança, os braços, ombros e as pernas quebravam o ritmo e ao ritmo da roda de samba. O escuro protetor e as luzes de fogueira amarela e vermelha. Os sons. O tambor que repitava marcado em alegria brea. O mal estava na raiz das gramas que eram a única vida alma naquela orgia carnaval. Dançava o diabo, o diabo no centro da roda. Preso, tomado posse por quem entrava, e largado a cada saia rodada. O diabo é que sofria ali. A vida rodava e o céu. O céu rodava e as estrelas. Ah, as estrelas! Estrelas que têm o samba de raiz. O samba, mesmo. Mesmo caótico, o samba é que recebe toda a vida antes e desterra todo o futuro. O samba é o presente do mundo.

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